Paulo Alcântara começou falando da adaptação do romance do peruano Santiago Roncagliolo, cujo original se passa na capital espanhola. Para Paulo, ficou evidente que, embora as culturas e as realidades sejam bem diferentes, o ser humano tem essencialmente as mesmas necessidades, anseios, aflições, paixões e por aí vai.
Paulo falou também sobre a cinematografia baiana que está cada vez mais pujante, com uma produtividade intensa e fonte de grandes profissionais. "O cinema baiano é um dos mais produtivos do Brasil e aqui temos atores extremamente profissionais, concentrados e atualizados", explicou o cineasta para uma platéia composta também por atores de um grupo de teatro da cidade.
A dificuldade de distribuição de um filme extra-hollywoodiano também foi tema debatido entre diretor e espectadores. "Colocar um filme nas salas de cinema convencionais é muito difícil pois temos que fazer frente ao esquema de marketing dos filmes hollywoodianos. Para a sala apresentar determinado filme, é obrigada a comprar um pacotão, com um monte de outros filmes, inclusive com a exigência de exibir todos. Sobra pouco espaço para a produção nacional. Nós cineastas e produtores temos que montar uma estratégia de guerrilha frente a Hollywood. Só de publicidade eles tem cinco vezes o orçamento que temos para produzir um filme inteiro".
O diretor terminou contando que está escrevendo um roteiro para seu segundo longa, além de estar trabalhando na produção de um seriado para TV.
por Fernanda Pennachia Casonatti
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