Abaixo, uma breve entrevista com Juliana sobre a curadoria da Mostra Cinemulti
Porque escolheu somente filmes brasileiros?
Juliana Machado - Umdos objetivos da Mostra CINEMULTI - 2011 é divulgar a nova produção cinematográfica brasileira que na última década vem ganhando destaque em diversos Festivais de Cinema nacionais e internacionais, a exemplo do Festival de Gramado e Festival de Cannes. No entanto, o público muitas vezes resiste a assistir filmes nacionais. Queremos assim valorizar o cinema nacional e atrair um público ainda pouco familiarizado com essa arte.
Como você fez a seleção dos curtas?
Juliana Machado - Foram três meses de pesquisa em sites, revistas especializadas e na Associação Baiana de Cinema e Vídeo. A seleção visa atender a diversidade de curtas-metragens que hoje estão sendo amplamente produzidos e a maioria já participantes de outras mostras e festivais. Contemplamos a diversidade de formatos e experiência como documentários, ficção, animação e experimentação.
Na escolha dos longas, como se deu a relação entre os filmes e os locais de exibição?
Juliana Machado - Encaramos a seleção dos filmes longas nacionais como prioridade para a identificação do público do entorno dos locais de exibição. Queremos que a Mostra CINEMULTI - 2011 seja referência não só no cinema como entretenimento, lazer, mas também como momento de reflexão sobre temáticas importantes locais e regionais. Por isso os filmes foram escolhidos para criar uma identificação imediata entre o tema e a comunidade, por exemplo: os filmes que serão exibidos na Praça das Mangueiras - Pituba - É Proibido Fumar e Fábio Fabuloso - são contemporâneos e tratam de assuntos que têm total conexão com as pessoas que freqüentam aquela região. O mesmo processo foi utilizado para a escolha dos longas para os bairros Porto de Trás, Passagem, Santo Antônio e Taboquinhas.
Você está buscando também um público que não tem muito contato com a arte. O que você espera deste contato com a sétima arte, falando de coisas tão próximas deles?
Juliana Machado - Esperamos despertar no público um interesse pela arte e principalmente pelo cinema. Queremos que as pessoas vejam seu cotidiano na grande tela e que percebam que o audiovisual pode ser uma ferramenta, um meio de expressão para retratarmos nossa cultura e nossa identidade.
por Fernanda Pennachia Casonatti - assessoria de comunicação
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